11 novembro 2007

Conversas de café...

E os dias continuam tão bonitos… lindos… nem parece que estamos no Outono… sol, calor, céu limpo, nem sequer corre uma aragem… estamos em Novembro… Este ano o tempo esqueceu-se do vento e da chuva…
Os dias continuam maravilhosos… dá vontade de passear pelas ruas, avenidas, apreciar a paisagem, ver o rio, conversar, aproveitar as coisas boas da vida… com um leve toque Outonal…
E mais uma vez a sexta-feira esteve linda… a tarde então adornou-se maravilhosamente.
A Baixa de Lisboa resplandecia no seu auge… as tardes de sexta-feira têm sido tão lindas e saborosas, que às vezes só queria que durassem para sempre…
Aquele rebuliço de pessoas nos Restauradores, os passos atarefados do Rossio, o frenesim dos autocarros na Rua Áurea a ver qual chega primeiro ao terminal… o cheiro a castanhas numa Lisboa outonal com turistas ainda veraneantes, numa agitação de dias de Inverno onde já começa a emergir os enfeites e espírito natalício…

Uma Lisboa mesclada. Uma Lisboa com uma saborosa mistura de gente. Onde mais uma vez de entre cada beco e recanto saltava o deslumbre dos edifícios, ainda a reluzir do sol que se punha, numa perspectiva deflectida, com a topografia da cidade a embelezar e realçar os seus contrastes.

E o cafézinho da esquina ali estava mais uma vez. Esperando-nos para o lanche, com croissants de chocolate e galões quentinhos que curiosos pediam um bocadinho de conversa, já sabendo ali os assuntos fluírem sempre agradável e facilmente.
Porque já não é a primeira vez que ali vamos. E porque sempre que ali vamos, ao sair sinto-me renovada e cheia de novas ideias, mais madura e pronta para enfrentar os dias que aí se avizinham e os meses que ainda estão sob o nevoeiro.
Como pode um lugar tão simples, num pequeno recanto a avistar o delicioso declive da Calçada Nova de São Francisco, dar um toque tão especial às conversas…

Ao voltar, o Rossio já reluzia sobre o céu escuro e as estrelas que lá no alto cintilavam… e ao longe ouvia-se os Terra Inca, uma maravilhosa sonoridade índia oriunda do Equador, que alegrava aquele espaço, conferindo-lhe um ar tão multicultural e revelando como o mundo está tão próximo.
Basta abrirmos os nossos horizontes.



Quando subi para o autocarro nos Restauradores, ali estava ele… Uma semana depois, o mesmo lugar que eu ocupara na sexta-feira anterior, ali estava.
Vazio.
À minha espera.
Confiante de que alguém aproveitaria a paisagem que ele proporcionava.
Não o desiludi.




E passados já alguns minutos e quarteirões, do meu lado esquerdo no imponente Jardim do Campo Grande, avistei o parque infantil, onde logo no início daquela semana nos detivémos por uns momentos, sob o sol quente do meio-dia, a aproveitar as coisas boas da vida e reviver a infância sempre presente.
Agora ali estava ele, no escuro, sozinho.
Rodeado pela frondosidade das copas das árvores que lhe metiam medo…

1 comentário:

Anónimo disse...

Ah o jardim do campo grande e o parque infantil :)

E os galoezinhos e os Terra Inca... e tudo simplesmente maravilhoso... e a Calçada Nova de São Francisco, eu quero subir :D