25 junho 2008

Mês de Junho...

Ai estes diazinhos tão docinhos sabem tão bem… Huuuummmmm... Acordar de manhã e sentir o fresco fluir por todo o corpo… Começar o dia cheia de energia e boa disposição características desta doce época do ano… Sentir o sol quente da hora de almoço bater bem forte no chão que pisamos…

E ver que já há tantas pessoas de t-shirts, vestidos, calções, roupa leve e fresca… Todos andam mais soltos… mais leves, mais bem dispostos para com este tempo, para com esta ternurenta altura do ano que tem no ar um cheiro que avizinha as férias de Verão…

E as tardinhas de Junho… a quantidade de gente nas ruas a apanhar sol, as esplanadas e os cafés repletos de pessoas a aproveitar o máximo que estes dias podem dar…

O doce solinho que incide no mar, no rio, na cidade, na aldeia, na praia… e que nesta altura do ano é doce, sabem bem aproveitá-lo, sabe bem vivê-lo.

E as noites saborosas… nem quentes, nem frias. Aquele tempo ameno que não tem temperatura… andamos como queremos… sem problemas de nada… leves… livres…

E tudo isto a juntar com as típicas festas populares desta altura do ano, que tanto animam os sítios… e que conjugam a alegria, a euforia, a música, o convívio e as tradições de sempre, nos acolhedores ambientes de bairro, aos quais é impossível ficar indiferente!

São dias em que parece que está bom para fazer tudo… parece que de repente há uma lista enorme de coisas que podemos fazer! Piqueniques, passeios à beira rio, ir à praia, passear nas cidades, passar a tarde na esplanada a beber um refresco e a conversar… tantas… são tantas as coisas que surgem de repente! Apetece fazer e sentir tudo, a todo o momento!

E acima de tudo dá vontade de voltar aqueles sítios que desde sempre foram especiais para nós… Aqueles sítios onde nos sentimos bem… pelo ambiente, pela envolvência, pela paisagem, por tudo… Ou que por alguma razão nos fazem lembrar uma determinada altura da vida... ou uma viagem… ou umas férias muito especiais… Ou que servem às vezes para pararmos um pouco, e fazermos uma pausa para estar connosco mesmos… Apetece voltar lá… Relembrar… Recordá-los…

Nesta altura do ano apetece saborear tudo… apetece absorver tudo o que nos rodeia… sentir o que nos envolve… não ter preocupações com nada… afastar de nós tudo o que não interessa e o que não gostamos… ignorar o que nos incomoda e chateia… aproveitar o que temos… viver levemente a vida…

É uma altura de transição... da Primavera para o Verão... a mais doce e suave transição que pode haver...

13 junho 2008

Cartões...

Não é rara a vez que andamos a escarafunchar dentro da carteira ou da mala à procura do cartão de crédito, do BI, do cartão de contribuinte, do cartão de sócio do clube de vídeo, do cartão de cliente daquela loja de roupa, do cartão da associação a que pertencemos e de tantos outros… no meio disto tudo nem nos apercebemos da quantidade estúpida de cartões que temos, cada um normalmente só com uma função, e do quanto andamos carregados todos os dias. Às vezes temos todos, outras vezes temos todos menos aquele que queríamos… enfim… seja com banda magnética, seja só de plástico, andamos carregados estupidamente com uma carrada de cartões.

Não era mais fácil cada pessoa ter um único cartão que substituísse todos estes? Um cartão com banda magnética, do mesmo tamanho dos cartões de crédito e débito normais, que incluísse a informação do BI, cartões de crédito, contribuinte, lojas, passe, associações, clubes, etc. com tudo mesmo…?

O cartão estaria identificado com o nosso nome e teria um número que seria único, e tal como nos cartões multibanco, a própria pessoa gera o código PIN desse cartão. Todos os locais passariam a dispor de um mesmo sistema de leitura dos dados que lhes são referentes, dos cartões de todas as pessoas. Todos os locais teriam um dispositivo de passar o cartão, a pessoa pôr o código e o funcionário aceder no computador à informação que é suposto. Por exemplo, se for no clube de vídeo, a informação disponibilizada limita-se apenas às coisas relativas ao clube de vídeo. Se formos às finanças e precisarmos de usar o cartão de contribuinte, é apenas disponibilizada a informação relativa a isso, e que é automaticamente aberta após a introdução do código pela pessoa. E assim sucessivamente...

Se a pessoa quisesse aderir a uma nova loja ou qualquer coisa, é criada como que uma “pasta” no cartão, na qual são inseridos todos os dados relativos a essa pessoa nessa loja ou cadeia de lojas, os quais apenas poderão ser alterados ou acedidos mediante a introdução do PIN e modificação por parte dos funcionários dessa loja, etc. e assim sucessivamente...

Deste modo, cada pessoa teria apenas um cartão com tudo! Sempre que algo surgisse, era apenas abrir uma nova pasta… e sempre tudo no mesmo cartão.

Mais leve, mais simples, compacto, com tudo, mais rápido, sem perda de informação, menos peso na carteira!

Não era tudo tão mais simples e fácil? =D


10 junho 2008

Coisas e objectos...

Para quê tanta coisa! Para quê tanto objecto! Para quê tanta roupa, tantas malas, tanto calçado, tantos acessórios, tantas tecnologias, tantos telemóveis, mp3, computadores, isso tudo! Para quê!

Só temos um corpo! Um corpinho de nada comparado com a dimensão do mundo e do universo! Para que queremos tanta coisa e tudo para nós se a vida é tão curta! Para que nos preocupamos tanto em ter toda a roupa se só vestimos uma de cada vez!

Para quê tanta ânsia em ter tantos objectos se depois mal temos tempo para os usar! Para quê tanta ganância e sofreguidão para ter objectos! Para quê este consumismo desenfreado e estúpido, se depois mal temos tempo para as coisas que gostamos de fazer!

Porque não partilhamos mais o que temos, e ansiamos menos por ter coisas e mais coisas! Queremos um telemóvel novo! Não é que o nosso esteja velho ou estragado, mas o modelo acima é melhor! Queremos mais roupa, não é que a nossa esteja estragada, mas já não está na moda usar! Não gastamos os objectos até ao fim, deixamos de usar porque já passou a altura de o fazer… e simplesmente pomos de lado.

Para que queremos ficar com tudo, quando sabemos que há tantos milhões de pessoas que não têm nada! Nem um tecto para dormir! Qual é a nossa moral quando nos queixamos que nos falta isto ou aquilo!? Porque não paramos um bocadinho este consumo estúpido e irracional e nos tornamos um pouco civilizados? Para que queremos tanto, quando os outros não têm nada?

Se reflectirmos bem, é um egoísmo puro! Porque sabemos que a economia é um rolo… Quanto mais aqui consumimos, mais investem aqui e não noutros sítios onde sim é preciso ajudar as pessoas! Se moderarmos os nossos abusivos padrões de consumo, e baixarmos os nossos desejos e vontades materiais, talvez só assim tudo faça descer, desacelerar e travar esta maluqueira doida de compras desenfreadas! Talvez só assim paremos de pensar em ter, ter, ter e comprar… que não pensamos em quase mais nada! Actualmente importamo-nos mais com o que temos do que com o que somos! Não temos tempo para ser, porque só queremos ter!

A vida é tão curta, nós somos tão pequenos, porque ansiamos por tanta coisa? É isso que nos faz felizes? Afinal os objectos não são nada!
Como muitas vezes é dito “na vida, não importa o que temos, mas sim quem temos!”.
As pessoas sim, são importantes! As emoções, os afectos, isso é que conta! Isso é que faz a diferença em nós!

Nenhuma sociedade evoluirá enquanto houverem pessoas que só pensam em ter coisas e se esquecem dos valores imateriais…

Ao dar, ajudamos os outros e libertamo-nos…

O que temos connosco não são objectos nem coisas exteriores a nós… o que temos realmente está connosco, dentro de nós! O nosso ser, a nossa essência!
Não nos medimos pelo que temos enquanto objectos físicos palpáveis, mas sim enquanto sentimentos, emoções, afectos, que temos e transmitimos! Aquilo que somos!

Afinal… há muito poucas coisas importantes na vida… É preciso muito pouco para tornar a vida feliz…

Vive cada dia contigo… verás que não estás tão só como julgas…