30 novembro 2011

Corres irreais...



Será que todas as coisas têm de ter uma cor?

Qual é a cor do céu? E das nuvens? E das estrelas?

E a cor do mar? Qual é? O teu mar tem a mesma cor que o meu?

Huummm, não sei… talvez.



E qual é a cor das montanhas, da chuva e da neve? De que cor são os rios e o vento? E as tempestades, os raios, e trovões?

Não sei, mas de qualquer forma essas coisas têm cor. Têm?



Huummm….



E qual a cor da saudade? Do amor e da paixão?

Qual a cor do entusiasmo, do sorriso e de um abraço?

Que cor tem a ternura de um beijo? E qual a cor da paz e do desejo?

Não sei.



Mas essas coisas normalmente não têm cor.

Somos nós que lhes damos cor…


14 novembro 2011

About the uneven floor...


The flat floor is an invention of the architects. It fits engines, not human beings.

We do not only have eyes to see and ears to hear and noses to smell.
We also have a sense for the touch of our hands and our feet.

If man is forced to walk on flat floors as they were planned thought - lessly in designers’ offices, estranged from man’s age old relationship and contact to earth – a decisive part of man withers and dies. This has catastrophic consequences for the soul, the equilibrium, the well being and the health of man. Man’s ability to experience ceases and he becomes disabled, mentally and organically.

An uneven and animated floor means to recover dignity of man which has been violated in our unnatural and hostile urban grid system.

The uneven floor becomes a symphony, a melody for the feet and brings back natural vibrations to man.

Architecture should elevate and not subdue man. It is good to walk on uneven floors and regain our human balance.


Hundertwasser, April 1991


08 novembro 2011

Cidades Fantasma no Dia Mundial do Urbanismo...


Gunkanjima

Hashima Island é uma entre as 505 ilhas desabitadas da cidade de Nagasaki, Japão.

A ilha foi povoada entre 1887-1974, ela funcionava como uma instalação de mineração de carvão.

A Mitsubishi comprou a ilha em 1890 e iniciou o projeto, cujo objectivo era extrair o carvão do fundo do mar.

Foram construídos grandes edifícios na ilha e vários blocos de apartamentos em 1916 para acomodar os trabalhadores, muitos dos quais, foram recrutados de outras partes da Ásia.

E para proteger a cidade contra a destruição de tufões, foi construído, um muro de cimento em volta de toda a ilha.

Como o petróleo substituiu o carvão no Japão na década de 1960, as minas de carvão começaram a fechar por todo o país.

A Mitsubishi anunciou oficialmente o fechamento da mina, em 1974, e hoje ela está vazia e nua, razão pela qual ela é chamada de a 'Ilha dos espíritos'.





Humberstone
Humberstone no Chile foi uma cidade que cresceu rapidamente entre os anos 20 e o início dos anos 40 do século XX, aproveitando a riqueza e a prosperidade advinda da mineração e do processamento de nitrato de potássio, também conhecido como salitre.

Quando o salitre sintético foi inventado a cidade entrou em declínio e sua população começou a diminuir até que em 1961 ela ficou completamente vazia.

Desde então, as areias do deserto foram entrando pelos edifícios que sobraram, que ainda possuem mobília e utensílios.

A cidade foi considerada Património Mundial e será preservada como um monumento histórico.






Oradour-sur-Glane

A pequena cidade de Oradour-sur-Glane na França é o palco de um indizível horror.

Durante a II Guerra Mundial, 624 moradores foram massacrados pelos soldados alemães como punição pela resistência francesa.

Os homens foram levados para silos e feridos com tiros nas pernas, pois assim eles morreriam mais devagar.

As mulheres e as crianças, que buscaram abrigo numa igreja, foram todas mortas quando tentaram escapar de lá.

Após essas atrocidades os alemães arrasaram a aldeia e as ruínas permanecem como um memorial a essas mortes.





Agdam
A sinistra cidade de Agdam, no Azerbaijão, já foi uma próspera cidade de 150.000 habitantes.

Isso perdeu-se em 1993 durante a guerra Nagorno Karabakh, e ainda que a cidade não tenha participado nos combates, ela foi vítima do vandalismo enquanto esteve ocupada por arménios.

Os edifícios estão destruídos e vazios, e somente a mesquita coberta de grafite permanece intacta.

Os moradores de Agdam foram removidos para outras áreas de Azerbaijam e também para o Irão.





Balestrino
Balestrino, na Itália, é uma cidade medieval localizada numa estonteante colina a 70 km de Genova.

Tendo sido propriedade da abadia beneditina de San Pietro dei Monti, Balestrino começou a perder sua população no final do século XIX quando os terremotos abriram fendas na região e estragaram muitas propriedades.

Em 1953 a cidade foi abandonada devido a sua “instabilidade geológica”.

A parte da cidade que permaneceu intocada desde essa época está sendo actualmente objecto de um plano de revitalização.





Prypiat
Junto à cidade de Prypiat, na Ucrânia, fica a central nuclear de Chernobyl, lugar onde ocorreu o maior acidente nuclear da história, em Abril de 1986.

A cidade em si e os arredores não são seguros como lugar de habitação para os próximos séculos.





Centralia
Com carvão mineral em abundância, a actividade na mina era a principal fonte de renda da cidade.

Até que em algum dia de 1962 um acidente em uma mina de carvão causou um enorme incêndio.

O fogo espalhou-se pela mina, que se estendia por quase todo o subsolo da cidade, libertando gases tóxicos por toda a cidade.

Em 1992 o estado da Pensilvânia clamou Domínio Eminente em todas as residências, condenando todas as casas e prédios da cidade.

Após os habitantes, o governo também abandonou o projeto de controle do incêndio da cidade, tendo em vista o seu altíssimo custo.

Devido à grande quantidade de carvão mineral, o fogo continua queimando o subsolo da cidade até os dias de hoje, mais de 40 anos após o início.





Kolmanskop
No ano de 1908, atraídos pela caçada ao diamante, os alemães fundaram uma mina na deserta região da Namíbia e fundaram a pequena cidade de Kolmanskop.

A prosperidade da mina fez com que a cidade fosse crescendo em tamanho.

Porém depois da Grande Guerra os diamantes começaram a ficar escassos e os alemães fizeram suas malas.