Há sítios e sítios... e na verdade todos eles são diferentes em todos os sentidos, em especial no que nos transmitem. É aí que indubitavelmente reside a sua maior diferença. E embora fisicamente os sítios possam também ser todos diferentes, a verdade é que nesse campo reunem muito mais semelhanças.
Na verdade, existem sítios em que nos sentimos melhor do que noutros. E às vezes nem sabemos bem explicar porquê.
Existem sítios que parece que por mais que lá permaneçamos temporalmente, na verdade não nos sentimos lá bem. Não conseguimos arranjar "um canto" que sintamos que seja nosso, onde estejamos à vontade tanto psicologicamente como fisicamente. São realmente sítios pelos quais sentimos repulsa.
E existem ainda os sítios que embora totalmente adornados, repletos de confortos físicos agradáveis aos olhos, ornamentados com o maior requinte, ou mesmo fisicamente confortáveis para se estar, não passam disso mesmo. Sítios onde apenas fisicamente se está bem. Pois apesar de muitos "berloques", psicologicamente não temos nenhuma afinidade ao espaço, não nos sentimos minimamente ligados a ele por nenhuma razão. O à vontade é apenas físico, porque todo o que passa além disso, não existe.
E em oposição a estes, existem aqueles espaços que embora fisicamente não sejam nada de mais, psicologicamente sentimo-nos cofortáveis neles. Sentimo-nos bem. Apesar de não serem nada de especial fisicamente, preenchem-nos psicologicamente apenas com o que aquele lugar nos transmite emocionalmente. É um conforto psicológico de nos sentirmos abertos ao espaço e receptivos ao que ele nos proporciona.
E por fim, existem aqueles sítios que são sublimes e perfeitos em tudo. Nos quais nos sentimos bem física e psicologicamente. Sítios que nem sabemos bem explicar, mas fisicamente estamos "como peixe na água", como se fosse o nosso ambiente de excelência para estar, e psicologicamente sentimo-nos transcender quando lá estamos. Psicologicamente esses sítios significam tanto para nós... um tanto que nem sabemos definir nem explicar bem porquê.
Sentimos uma afinidade física e emocional com aquele espaço, que dificilmente se consegue explicar e muito menos traduzir materialmente em palavras.
São espaços de encanto, espaços diferentes que têm um significado especial para nós.
Lá sentimo-nos bem em todos os sentidos, física e psicologicamente, e em todas as outras dimensões... São espaços de transcendência que nos transportam para outros lugares muito longe daqui, muito longe desta realidade tangível. Espaços de evasão, que reunem todas as condições que consideramos perfeitas.
É o espaço, a vista, a paisagem, as pessoas, o ambiente, e algo mais, algo mais que nem se consegue definir bem, nem explicar, só sentir. É uma afinidade inacta que temos com esses espaços que os tornam especiais para nós. Lá sentimos que planamos noutro mundo, vamos para outro lugar a partir dali, evadimo-nos até ao espaço, tudo no mesmo sítio. Pelo simples facto de ele reunir tudo aquilo que consideramos inconscientemente sublime.
E por isso podem haver sítios muito arranjadinhos e bonitinhos, mas que não nos dizem nada, é só aspecto, e não passa disso. Porque por mais que se faça esforços para que sejam lugares aprazíveis e personalizados, nunca vao conseguir "competir" com aqueles onde nos sentimos bem em todos os sentidos...
E talvez a razão principal que nos faz gostar tanto de certos sítios em detrimento de outros, se prenda essencialmente com a sua identidade.
O facto de nos sentirmos bem num dado sítio e não noutro, é porque sentimos que ele tem cariz, que tem personalidade, e que tem uma identidade própria. Os lugares com identidade, são sempre mais carinhosos e acarinhados... a tipicidade do local, os costumes das gentes, os hábitos, os sons, o ambiente vivido... tudo paira no ar.
Os lugares com identidade própria são realmente diferentes e por isso nos sentimos lá bem. São sem dúvida, locais confortáveis em todos os sentidos. E isso deve-se essencialmente à sua identidade que alastra em toda a sua aura até nós.
Sentimo-nos bem, independentemente de nos indentificarmos ou não com o lugar. Independentemente de nos "indentificarmos com aquela identidade". O importante é que ela existe, persiste e perpassa até nós, entranhando-se nos nossos sentidos e sensações. São lugares com história, com cariz, com personalidade e vida própria. Lugares vivos!
E talvez seja por isso que alguns sítios são tão especiais... e é por isso que não são sítios... são lugares...
Na verdade, existem sítios em que nos sentimos melhor do que noutros. E às vezes nem sabemos bem explicar porquê.
Existem sítios que parece que por mais que lá permaneçamos temporalmente, na verdade não nos sentimos lá bem. Não conseguimos arranjar "um canto" que sintamos que seja nosso, onde estejamos à vontade tanto psicologicamente como fisicamente. São realmente sítios pelos quais sentimos repulsa.
E existem ainda os sítios que embora totalmente adornados, repletos de confortos físicos agradáveis aos olhos, ornamentados com o maior requinte, ou mesmo fisicamente confortáveis para se estar, não passam disso mesmo. Sítios onde apenas fisicamente se está bem. Pois apesar de muitos "berloques", psicologicamente não temos nenhuma afinidade ao espaço, não nos sentimos minimamente ligados a ele por nenhuma razão. O à vontade é apenas físico, porque todo o que passa além disso, não existe.
E em oposição a estes, existem aqueles espaços que embora fisicamente não sejam nada de mais, psicologicamente sentimo-nos cofortáveis neles. Sentimo-nos bem. Apesar de não serem nada de especial fisicamente, preenchem-nos psicologicamente apenas com o que aquele lugar nos transmite emocionalmente. É um conforto psicológico de nos sentirmos abertos ao espaço e receptivos ao que ele nos proporciona.
E por fim, existem aqueles sítios que são sublimes e perfeitos em tudo. Nos quais nos sentimos bem física e psicologicamente. Sítios que nem sabemos bem explicar, mas fisicamente estamos "como peixe na água", como se fosse o nosso ambiente de excelência para estar, e psicologicamente sentimo-nos transcender quando lá estamos. Psicologicamente esses sítios significam tanto para nós... um tanto que nem sabemos definir nem explicar bem porquê.
Sentimos uma afinidade física e emocional com aquele espaço, que dificilmente se consegue explicar e muito menos traduzir materialmente em palavras.
São espaços de encanto, espaços diferentes que têm um significado especial para nós.
Lá sentimo-nos bem em todos os sentidos, física e psicologicamente, e em todas as outras dimensões... São espaços de transcendência que nos transportam para outros lugares muito longe daqui, muito longe desta realidade tangível. Espaços de evasão, que reunem todas as condições que consideramos perfeitas.
É o espaço, a vista, a paisagem, as pessoas, o ambiente, e algo mais, algo mais que nem se consegue definir bem, nem explicar, só sentir. É uma afinidade inacta que temos com esses espaços que os tornam especiais para nós. Lá sentimos que planamos noutro mundo, vamos para outro lugar a partir dali, evadimo-nos até ao espaço, tudo no mesmo sítio. Pelo simples facto de ele reunir tudo aquilo que consideramos inconscientemente sublime.
E por isso podem haver sítios muito arranjadinhos e bonitinhos, mas que não nos dizem nada, é só aspecto, e não passa disso. Porque por mais que se faça esforços para que sejam lugares aprazíveis e personalizados, nunca vao conseguir "competir" com aqueles onde nos sentimos bem em todos os sentidos...
E talvez a razão principal que nos faz gostar tanto de certos sítios em detrimento de outros, se prenda essencialmente com a sua identidade.
O facto de nos sentirmos bem num dado sítio e não noutro, é porque sentimos que ele tem cariz, que tem personalidade, e que tem uma identidade própria. Os lugares com identidade, são sempre mais carinhosos e acarinhados... a tipicidade do local, os costumes das gentes, os hábitos, os sons, o ambiente vivido... tudo paira no ar.
Os lugares com identidade própria são realmente diferentes e por isso nos sentimos lá bem. São sem dúvida, locais confortáveis em todos os sentidos. E isso deve-se essencialmente à sua identidade que alastra em toda a sua aura até nós.
Sentimo-nos bem, independentemente de nos indentificarmos ou não com o lugar. Independentemente de nos "indentificarmos com aquela identidade". O importante é que ela existe, persiste e perpassa até nós, entranhando-se nos nossos sentidos e sensações. São lugares com história, com cariz, com personalidade e vida própria. Lugares vivos!
E talvez seja por isso que alguns sítios são tão especiais... e é por isso que não são sítios... são lugares...
2 comentários:
Muto bom o texto! Adorei!
Escreves muito bem miga!
Beijinhos
Existem lugares que são tão grandes e intimidativos, mas que no fim não nos conseguem roubar a nossa identidade e existem lugares, que são tão pequenos, como o debaixo da cama ou os pequenos passos até onde a sombra acaba que são imensos, porque foram lá onde construimo-nos e continuamos a buscar o nosso carácter e a nossa imaginação. Très bien, Sofia!
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