17 fevereiro 2009

Encerrando ciclos...

Precisamos sempre de saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver...

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos… não importa o nome que damos, o que importa, é deixar, no passado, os momentos da vida que já se acabaram...

Podemos passar muito tempo perguntando a nós proprios, por que é que isso aconteceu. Podemos dizer para nós mesmos, que não daremos mais um passo enquanto não entendermos as razões que levaram, certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na nossa vida, a serem subitamente transformadas em pó...

Mas essa atitude apenas será um desgaste imenso para todos… para as pessoas com quem vivemos, amigos, familiares… pois todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que nós estamos parados...

Ninguém pode estar, ao mesmo tempo, no presente e no passado! Nem mesmo quando tentamos perceber as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará...

Não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem, noite e dia, uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor possibilidade de voltar…

As coisas passam, e o melhor que fazemos, é deixar que elas realmente possam ir embora…

Por isso é tão importante, por mais doloroso que seja, destruir recordações, mudar de casa, dar coisas que já não precisamos, vender ou doar roupa, objectos que temos...

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração… E o desfazermo-nos de certas lembranças, significa também abrirmos espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora, soltar, desprender-se...

Ninguém está a jogar nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos…

Não devemos esperar que nos devolvam algo, que reconheçam o nosso esforço, que descubram o génio q há em nós, que compreendam o nosso afecto pelas coisas… porque na vida, ninguém atinge a glória merecida…

Devemos parar de ligar a nossa “televisão emocional” e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como sofremos com determinada perda… isso só nos envenena, nada mais...

Devemos encerrar ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba… mas porque, simplesmente, aquilo já não se encaixa mais na nossa vida...

Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode a poeira.

Deixa de ser quem eras, e transforma-te naquilo que és…

Diapositivo 2

1 comentário:

Anónimo disse...

Seja agreste, seja claro, não adianta desejar mal au caminho, é por onde andamos.