17 novembro 2010

Vielas de Alfama...


Horas mortas, noite escura
Uma guitarra a trinar

Uma mulher a cantar
O seu fado de amargura


E através da vidraça
Enegrecida e rachada

Aquela voz magoada
Entristece quem lá passa


Vielas de Alfama
Ruas da Lisboa antiga

Não há fado que não diga
Coisas do vosso passado


Vielas de Alfama
Beijadas pelo luar

Quem me dera lá morar
Pra viver junto do fado


A lua às vezes desperta
E apanha desprevenidas

Duas bocas muito unidas
Numa porta entreaberta


E então a lua corada
Ciente da sua culpa

Como quem pede desculpa
Esconde-se envergonhada


Vielas de Alfama
Ruas da Lisboa antiga

Não há fado que não diga
Coisas do vosso passado


Vielas de Alfama
Beijadas pelo luar

Quem me dera lá morar
Pra viver junto do fado


Vielas de Alfama
Beijadas pelo luar

Quem me dera lá morar
Pra viver junto do fado



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