13 novembro 2009

Encontros Paralelos...


Quando alguém nos compreende em tudo, mesmo até nas nossas entranhas mais profundas e recônditas...
Quando podemos falar com certas pessoas e dizer o que queremos e o que não queremos e tudo continua igual...

E quando sabemos que pensamos e dizemos coisas estranhas, mas para essas pessoas, não são coisas assim tão estranhas?

E quando não dizemos nada, mas isso fosse muito mais importante do que falar horas a fio...

Especialmente quando essas pessoas só se cruzaram connosco no mundo transcendente...

É porque as almas se tocam... mesmo à distância... Quando há coisas em comum, por mais estranhas que elas sejam...

É o mesmo que ser sempre de dia, mesmo que esteja de noite!
Porque há coisas e pessoas que mesmo longe, estão em todo o lado... basta nós queremos.

Nós não as tocamos. Elas existem fisicamente, mas nós nunca tivemos a sensação palpável delas. Mas sentimo-las como se as tivessemos sempre tido ao nosso lado.

Elas entranham-se nas profundezas do nosso ser como teias das quais não nos
conseguimos libertar... E quando nos tentamos libertar do emaranhado da teia, ela apenas existe na nossa cabeça?
Qual teia?

Foi tudo imaginação...


São como as sensações que essas pessoas nos fazem ter. Levitamos. Pairamos por aí. Andamos a flutuar como se não conseguíssemos tocar o chão mesmo que quiséssemos.

Fazem-nos com que o vento que nos bate na cara seja mais vigoroso e levante o cabelo fazendo-o ondular intensamente...


Conhecemos essas pessoas a meio do nosso trajecto da vida, mas parece que as sabemos desde sempre.
Será prenúncio de as termos visto noutra vida?
Talvez. Porque não?

Essas pessoas existem. Não estão fisicamente connosco. Mas caminham sempre junto a nós, ao nosso lado. Embora nunca as tenhamos visto.
Mas elas estão lá.

Estamos a caminhar na rua, sozinhos, mas na sua companhia. E podemos estar a milhas de distância delas.
Isso não faz mal. Elas estão em todo o lado onde formos.

Seguimos fisicamente rumos paralelos. Andamos lado a lado, mas nunca nos tocamos..
.

A nossa união é mental... percorremos caminhos distantes, mas existem coisas em que nos tocamos psicologicamente... Como os meridianos que percorrem todo o globo, cada um sozinho e independente no seu próprio trajecto... mas depois tocam-se harmoniosamente nos pólos, confluindo aí toda a essência do seu ser...

No fundo, é no que transcende a esfera deste mundo material que intersectamos essas pessoas, como os meridianos nos pólos... mas fisicamente a nossa passagem por aqui é feita apenas por rumos paralelos...

E essas pessoas são os nossos Meridianos Paralelos...

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